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Abaixo as barreiras!

Uma das palavras mais utilizadas nos últimos tempos, e que expressa uma realidade que não podemos negar, é “polarização”. Fomos trazidos a um ponto, como humanidade, em que diferenças de opinião, ao invés de colaborar para um debate saudável em que todos aprendem algo e crescem, tornaram-se motivo para odiar, agredir, ou mesmo desejar a morte do outro.


Tudo isso é triste e lamentável, mas não nos enganemos: no fundo — e nem tão fundo assim — isso ocorre porque somos todos pecadores, vivendo num mundo arruinado pelo pecado. A quebra da comunhão com Deus, desde o primeiro pecado da humanidade, trouxe consigo a quebra dos relacionamentos horizontais, nos quais o apontar do dedo em acusação ao próximo foi introduzido no dia a dia da convivência humana.


Porém, desde o início, e ao longo da História, Deus sempre deixou claro, por meio de sua Palavra revelada, que ele mesmo toma a iniciativa para restaurar a comunhão da humanidade com Ele, e dos seres humanos uns com os outros. E, no tempo escolhido por ele mesmo, Deus fez isso definitivamente por meio da pessoa e da obra de Jesus, o Filho, que inaugura uma nova humanidade por meio de sua encarnação, de sua obediência à Lei de Deus, de seu sacrifício perfeito para reconciliação de homens e mulheres com Deus, e de sua ressurreição, atestando que essa obra foi aceita pelo Pai.


Quando ainda estava fisicamente na companhia de seus discípulos, um dos ensinos mais enfatizados por Jesus foi a respeito dos relacionamentos entre pessoas. O Mestre sabia que durante a caminhada de seu povo através da história, seus seguidores, mesmo já tendo sido reconciliados com Deus e uns com os outros, teriam que lidar com suas diferenças. Provavelmente por isso ele, na última noite em companhia de seus discípulos, lhes deu o mesmo mandamento por três vezes, enfatizando que não é opção, mas uma ordem: “Amem-se uns aos outros”. Você pode ler isso em João 13.34, 15.12 e 15.17.


Pelo menos três características se destacam nas palavras de Jesus em João 13.34 e 35. A primeira é: O AMOR UNS AOS OUTROS É UM MANDAMENTO. Jesus diz: “Um novo mandamento lhes dou: Amem-se uns aos outros”. Se chamamos a Cristo de Senhor, precisamos colocar em prática o que ele ordena. O próprio Jesus, em outra passagem, questiona aqueles que o chamam de Senhor, mas não o obedecem. Amar meus irmãos em Cristo é uma ordem!


A segunda característica é: O AMOR UNS AOS OUTROS TEM UM MODELO. Jesus afirma “Como eu os amei, vocês devem amar-se uns aos outros”. O modelo é Jesus; o padrão de amor é o de Jesus. E a maneira de demonstrar esse amor é dar a vida em favor dos amigos, como ele vai dizer um pouco depois, em João 15.13. Dar a vida, em nosso caso, não necessariamente significa morrer (embora inclua essa possibilidade), mas dar a si mesmo — para viver ou morrer — em favor dos irmãos! Este é o padrão do amor de Deus, conforme João 3.16!


A terceira característica que se destaca é: O AMOR UNS AOS OUTROS PROCLAMA UMA MENSAGEM. Diz o Senhor Jesus: “Com isso todos saberão que vocês são meus discípulos, se vocês se amarem uns aos outros”. O amor praticado é mensagem encarnada, palpável, inequívoca de que o Evangelho é Verdade! Para os de dentro e para os de fora da igreja também!


Podemos perceber que o foco do amor que deve haver entre nós, que somos chamados de “povo de Deus”, é sempre Jesus — sua autoridade, sua obra e sua mensagem. Essa consciência é muito significante, bem-vinda e poderosa para derrubar as barreiras que estes tempos de acirramento de opiniões políticas, ideológicas e filosóficas têm levantado entre irmãos de fé, sendo que todos se confessam discípulos de Cristo.


Que tal eu e você começarmos, hoje, a valorizar e tornar visível aquilo que nos une, ao invés de fomentar uma polarização que depõe contra a fé em Cristo e o relacionamento que afirmamos ter com ele?


Que Deus nos ajude! Um grande abraço!

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