Reanimação Cardíaca
- Roberto Mouzinho Ferreira
- 21 de mar. de 2023
- 2 min de leitura
Atualizado: 25 de mai. de 2023
Se você já fez algum treinamento em primeiros socorros, certamente teve aulas de como proceder para reanimar alguém que sofreu uma parada cardiorrespiratória. E se você é como eu, torce para nunca precisar usar o que aprendeu!
Mas há um outro sentido em que devemos estar prontos a praticar a “reanimação cardíaca”, porque as ocasiões em que isso é necessário se apresentam frequentemente: pessoas com o coração desanimado cruzam o nosso caminho praticamente todos os dias — seja em casa, no trabalho, na escola, na rua, e até mesmo na igreja. Por vezes, nós mesmos somos acometidos desse mal. Todos nós precisamos, vez por outra, de reanimação cardíaca!
O cansaço, as frustrações, as decepções, conflitos e problemas de diversas naturezas nos abatem interiormente, podendo inclusive afetar nosso físico, abrindo porta para problemas de saúde. Felizmente, para nos ajudar na luta contra o desânimo do coração, Deus colocou em nossas vidas a família da fé, e nos ordena a nos encorajar mutuamente com os recursos da comunhão, da oração e do aconselhamento uns aos outros com os princípios ensinados em sua Palavra.
Escrevendo aos cristãos da Igreja de Roma, o apóstolo Paulo diz:
“Meus irmãos, estou certo de que vocês estão cheios de bondade, sabem tudo o que é preciso saber e são capazes de dar conselhos uns aos outros” (Romanos 15.14).
Falando com a mesma autoridade aos irmãos da igreja da cidade de Tessalônica, onde havia pessoas enfrentando problemas diversos, ele ordena:
“Exortamos vocês, irmãos, a que advirtam os ociosos, confortem os desanimados, auxiliem os fracos, sejam pacientes para com todos” (1 Tessalonicenses 5.14).
Paulo tinha plena consciência e certeza de que mesmo os cristãos comuns, quando são discipulados de maneira intencional e profunda, aprendendo a ler, estudar, valorizar e aplicar a Palavra de Deus, sendo bem instruídos teológica e doutrinariamente e treinados e equipados para o serviço ao Senhor e ao seu povo, têm plenas condições de se encorajar mutuamente. Isso faz com que a igreja cresça em maturidade, individual e coletivamente. Para continuar usando a figura que estamos usando, todos devemos estar aptos a fazer esse tipo de “reanimação cardíaca” quando nos depararmos com algum coração desanimado.
Uma senhora me contou um dia desses que ela e o marido receberam a mensagem de uma irmã muito querida, que estivera orando por eles em seu momento devocional e lendo o verso 7 da carta de Paulo a Filemon, que diz: “Pois, irmão, tive grande alegria e conforto no teu amor, porquanto o coração dos santos tem sido reanimado por teu intermédio”. Aquela irmã escreveu para o casal: “Ao ler esse verso, pensei: ‘isso se aplica a esses meus queridos’. Principalmente a segunda parte do versículo. Vocês são reanimadores de corações.”
Como é bom poder ouvir testemunhos assim!
Que possamos nos especializar em reanimar os corações uns dos outros, usando os recursos que nosso Pai Celeste colocou à nossa disposição em Cristo e em sua Palavra! Um grande abraço!
Roberto Mouzinho Ferreira
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